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Este Blog constitui um Fórum Democrático de Participação, baseado nos princípios de liberdade, independência e solidariedade, mas principalmente de respeito mútuo conforme estabelecem os Princípios Fundamentais no nosso Código de Ética Médica (incisos XV, XVII e XIII), não se admitindo, portanto, qualquer tipo de ofensa que macule a honra e a dignidade dos seus participantes.







sábado, 30 de abril de 2011

Estado de greve

NOSSA REGIÃO
Abril 30, 2011 - 05:59

Médicos da rede municipal de São José em estado de greve

Buscando conquistar melhores salários, eles farão nova assembleia e ameaçam paralisar o atendimento à população
Cláudio César de SouzaSão José dos Campos


Após seis horas de ‘queda-de-braço’ com o governo de Eduardo Cury (PSDB), os médicos da rede municipal de saúde aprovaram ontem à noite estado de greve.

A decisão foi tomada após assembleia realizada na Câmara, que contou com a presença de pelo menos 85 dos 713 médicos que trabalham na prefeitura.

Na próxima quinta-feira, eles realizarão nova assembleia e ameaçam entrar em greve e paralisar o atendimento à população caso o governo tucano não aceite as reivindicações da categoria para recomposição salarial e ampliação do número de profissionais.

Os médicos querem que os salários base de R$ 2.200 por 20 horas de trabalho semanal sejam dobrados e que a administração de Cury contrate pelo menos mais 100 médicos para a rede.

Segundo o médico Rodolfo Bertti, que é um dos líderes da Comissão de Médicos Pró-Saúde, a categoria aprovou o estado de greve e estuda a paralisação das atividades nos hospitais e UBSs (Unidades Básicas de Saúde) devido à falta de diálogo do governo.

Indignação. Como exemplo, ele citou a reunião programada ontem pela secretária de Governo, Claude Mary de Moura, para as 15h no Paço e que não foi realizada.

Indignados, 10 médicos e 2 dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais permaneceram na prefeitura até as 21h30, quando acabou a assembleia e os 85 médicos foram encontrá-los na sede do governo municipal para novo protesto.

“Estamos em estado de greve e se o governo não nos receber para conversar e não aceitar nossas reivindicações de aumento de salário e de médicos, vamos iniciar a greve”, afirmou Bertti.

Segundo ele, o governo precisa mudar sua postura para evitar a paralisação das atividades da categoria.

“Esta reunião com a Claude estava marcada há 21 dias e ela nem nos avisou que não nos receberia. O governo não é obrigado a aceitar nossas reivindicações, mas o mínimo que queremos é respeito.”

Outro lado. O assessor de Planejamento em Comunicação da prefeitura, Felício Ramuth, disse que os médicos não foram recebidos ontem porque “quebraram a relação de confiança com o governo”.

“Estamos conversando e os médicos decidiram fazer protestos e deixaram de realizar alguns plantões. Se restabelecerem esta relação de confiança, voltaremos a negociar.”

SAIBA MAIS SOBRE A QUEDA DE BRAÇO

Salários

O salário base dos médicos na rede municipal de saúde é de R$ 2.200 por 20 horas de trabalho semanal

O que diz A prefeitura

O governo alega, no entanto, que o salário médio pago atualmente é de R$ 6.600

Número de médicos

713

Reivindicações

Dobrar o salário base de R$ 2.200 e contratar pelo menos mais 100 médicos

Situação atual

Os médicos aprovaram estado de greve e ameaçam paralisar as atividades nos próximos dias

O que diz a prefeitura

Só aceita reabrir negociação se a categoria interromper protestos.

  •  "Participei pela primeira vez do movimento médico da cidade de São José dos Campos, nesta última assembléia do dia 29 de Abril. Acompanhei à distância, através de conversa com amigos e através do blog a quase todas as manifestações, coletivas e individuais. Como tudo na vida não há uma posição uníssona e daí os conflitos a todos os níveis, familiares, políticos e estatais. Não há como não se sensibilizar diante de uma classe, de tamanha importância, de vital necessidade social, onde se encontra aqueles que no âmbito acadêmico mais se esforçam e dedicam anos de suas vidas ao estudo, à ciência e ao próximo. O próprio vestibular já exige dos que querem se dedicar à Medicina, as maiores notas próximas da excelência. Os 6 anos de dedicação no Curso e mais 3 anos de residência e especialização médica e a educação continuada tão necessária, e o descaso para com a saúde pelos nossos governantes, ainda não desestimulam os nossos milhares de jovens que ainda lutam para ingressar no Curso de Medicina. Ao longo de 28 anos de serviço médico público, assisto os nossos governantes encararem a Saúde como um estorvo. Aquilo que não gostariam de administrar, algo que não traz retorno visível, que não angaria votos, que só faz problemas. Oh! Quão seria mais tranqüilo administrar a cidade se não houvesse o problema da “Saúde”. Daí este caminho atual dos nossos governantes à terceirização dos serviços. Transfiro a terceiros a responsabilidade e o ônus de lidar com este assunto. Mas a “Saúde” é um encargo público constitucional. Aquele que não quiser lidar com ela, que não se habilite a governar qualquer instituição pública. Aqueles que ocupam cargos públicos, especialmente Médicos, através de firmas terceirizadas, não se submeteram aos concursos constitucionais de acessos a estes cargos. Não colocaram à prova os seus conhecimentos, não se submeteram ao funil da competitividade e não tiveram o respaldo legal de cidadania para este fim. São oportunistas, que comem pelas beiradas, que fazem de seu trabalho um “bico” temporário para sobreviverem. Foi com emoção que assisti aos jovens Médicos discursarem na Assembléia, reivindicando dignidade. O Médico tem necessidades normais de todas as classes como, alimentação, vestuário, saúde para ele e família, educação para ele e família, férias e viagens anuais, e eventualmente um carro zero pago em penosas prestações. O Médico assistiu a esta recente ascensão das classes sociais no país, porém dela ainda não pôde se beneficiar, pois na área pública não foi contemplado com aumentos salariais. Quem já sofreu e foi vítima ainda criança e adolescente do regime de exceção que foi submetido o país, que assistiu e participou de movimentos grevistas no passado, sabe do ônus e quão difícil é alcançar os objetivos. Quanto prejuízo ocorre nesta caminhada. Na área Médica mais ainda, quando no decorrer de movimento grevista, Médicos podem ser acusados pela população, “aquela que elege os nossos governantes”, pelos danos ocorridos com familiares e parentes. Os danos que sempre ocorreram, porém, agora podem ser dirigidos à responsabilidade daqueles que resolveram dar um basta e melhorar as condições de saúde que eles tantos reclamam. Com o desgaste natural do movimento, que pode perder o apoio da mídia, muitos passam a se esquivar e a se renderem às pressões dos poderosos, sem apoio incondicional dos órgão de classes. Ora! Os órgão de classe!! Ficou claro com as últimas notícias, que o governo local quer testar o real poder de força desta classe, sempre subjugada, dócil, fácil de manusear, que tem sido instrumento apenas de promessas durante campanhas eleitorais. Digo não à Greve imediata, despreparada e desesperada, para que não colhamos rapidamente seus frutos como humilhação e submissão pior ainda. Acho que a oportunidade é de mantermos a mídia acesa, a comunicação permanente com o cidadão, os mecanismos de persuasão e caminharmos pelo campo político, levando a um desgaste permanente do governo já tão combalido e fraco, caminhando para um ano eleitoral com grandes chances de fracasso. Contra a ditadura e a anti democracia só teve sucessos nos idos tempos, a inteligência e a persuasão. Poderemos assistir no próximo ano, a verdadeira glória de vermos este grupo afastado do poder , assistindo à alternância de poder tão salutar para a vida democrática, onde poderemos cobrar as promessas de campanha em prol de melhoria da saúde e dos salários de todos os profissionais, independente de qual governante assumir, independente de qual partido político for. Pensem!!"
Comentado por Médico Esperançoso, 30/04/2011 19:48



"Apesar da complementação que já estava bem acima dos índices inflacionários do período a Unimed insistiu no reajuste de 37,5% ..." DEVERIA, ENTÃO, O AUMENTO REAL DO SERVIDOR MUNICIPAL SER DE 37,5% para que possa pagar o seu convênio médico? Como escreveu o Olavo "o vice prefeito é médico da rede pública. Qual a posição dele?"

Comentado por Maria, 30/04/2011 10:41
Acrescente à classe médica todos os outros servidores municipais que não receberam reajuste ou 'gatilho' este mês (abril) e não têm um AUMENTO REAL DE SALÁRIOS há 16 anos. Há relatos até de que a Unimed vai reinscidir contrato com a ASSEM, por que os servidores públicos municipais (contratos por concurso) não têm condições de pagar o referido convênio. Que vergonha prefeito! O servidor municipal sem cobertura médica.

Comentado por Servidora Municipal, 30/04/2011 10:27
Para qualquer entendimento é necessário boa vontade,e isto passou longe da postura da prefeitura nesse "desencontro" com os médicos. Os governantes, assim como toda figura de "destaque" na sociedade,deveriam zelar por suas atitudes, educação e etiqueta; é o mínimo que se espera. Ontem, a prefeitura bateu a porta na cara de mais de 700 médicos, seus funcionários, que foram para um encontro marcado. Autoritarismo é o outro adjetivo para descrever tão deselegante atitude.

Comentado por Ricardo, 30/04/2011 10:17
Caros colegas médicos de São José dos Campos (e munícipes), bom dia a todos. Não poderia deixar de descrever a cena que presenciei ontem, pois cheguei em casa sem acreditar no que estava acontecendo. Vi uma médica, grávida, durante mais de 4 horas (ela faz parte da comissão de médicos), aguardar o retorno dos colegas que lá estavam para a reunião agendada com a prefeitura. Esta nossa colega se sentava, levantava, andava um pouco, enfim estava muito claro que ela não estava bem e em momento nenhum a vi desistir. Quando chegou a notícia que os colegas iriam dormir lá no Paço, isto mesmo, eles iriam ficar lá até segunda-feira, a assembléia definiu que não seria justo com eles e optou-se por ir lá buscá-los. Quando chegamos lá, mais de 15 guardas municipais, servidores como nós, alguns armados, outros não, enfileirados na porta do Paço, para protegê-lo, como se nós, médicos, fossemos quebrar ou assaltar o Paço. INACREDITÁVEL. Para piorar o que já não era bom, fiquei sabendo que havia uma colega diabética na comissão e que começou a ter hipoglicemia por falta de alimentos, afinal, eram 20 horas e ela não se alimentava desde às 15 hs, no mínimo. A guarda até então, não havia autorizado que ela recebesse qualquer alimento. A câmara, A CASA DO POVO, não iria nos receber, pois a presidência da CASA, não nos quer mais lá. Esconderam o som, as mesas, toda a base e se não fosse pela ajuda de alguns vereadores da oposição nem lá entraríamos. Alí estavam médicos com 5, 10, 15, 20 ou mais anos de Prefeitura. Foi a maneira que fomos tratados ontem pelo Executivo e Legislativo da cidade e mostrou com muita clareza o que significamos para eles.

Comentado por Indignado, 30/04/2011 10:07
Greve de médico não é igual a greve de metalurgico. Quando o cidadão se formou ele assumiu a responsabilidade do exercicio da medicina. Uma greve de médicos é imoral. Agora se somente bons alunos conseguem residência em grandes hospitais, e os maus alunos, quando conseguem residência, conseguem em lugares precários, o problema não é da população. Quando forem escolher medicina para cursar, não pensem somente no prestigio e na prosperidade financeira da profissão, pensem antes de tudo que um médico, diante de suas circunstâncias, sejam elas quais forem, tem que clinicar!

Comentado por GabrielOPensador, 30/04/2011 10:03
FINALMENTE A CLASSE RESOLVEU SE MANIFESTAR

Comentado por Bin, 30/04/2011 09:03
O vice prefeito é médico da rede pública. Qual a posição dele?

Comentado por Olavo, 30/04/2011 06:44

Cury gasta RS 516 mil em 30 dias para cobrir faltas de 08 médicos

REGIÃO
Abril 28, 2011 - 04:00

empresa foi contratada em caráter emergencial Cury gasta R$ 516 mil em 30 dias para cobrir faltas de 8 médicos

[N/D]
Medida seria para garantir plantões prejudicados por profissionais que se recusam a trabalhar em regime de horas extras

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), informou ontem que a contratação de uma empresa de saúde por R$ 516 mil neste mês, por um período de 30 dias, tem por objetivo cobrir a ausência de oito médicos da rede municipal.
A afirmação foi feita em entrevista à Rádio Bandeirantes. O prefeito sugeriu que esse grupo de médicos estaria se negando a fazer horas extras para boicotar a prefeitura e que o movimento poderia ser orquestrado pela oposição, em referência ao médico da rede Paulo Roitberg, que foi secretário de Saúde da ex-prefeita Angela Guadagnin (PT), entre 1993 e 1996.
Para Cury, o secretário de Saúde, Jorge Zarur, agiu corretamente ao contratar o serviço emergencial.
A Ideais (Instituto de Desenvolvimento Estratégico e Assistência Integral à Saúde) foi contratada no último dia 15 pelo governo municipal em caráter de urgência, com dispensa de licitação. O contrato é renovável.
Pelo valor do contrato, os oito médicos plantonistas substitutos disponibilizados pela empresa custariam cada um, por cinco plantões entre abril e maio, R$ 64,5 mil. Um médico concursado da prefeitura recebe hoje cerca de R$ 500 por plantão.
Questionado sobre o custo do contrato na rádio, Cury afirmou que, esse sistema (de terceirização) ficou mais "barato" para o governo.
Mobilização.
A classe médica de São José deflagrou, no início deste mês, uma série de protestos para tentar sensibilizar o governo quanto a necessidade de um reajuste salarial.
A categoria alega que está há 16 anos sem aumento real no salário base para 20 horas, que é R$ 2.200 --no período, os vencimentos só receberam a correção da inflação.
Uma das ações propostas pela categoria seria boicotar a realização de horas-extras. Porém, os médicos negam qualquer ação nesse sentido.
"Esses oito médicos que o prefeito citou não faltaram, eles simplesmente se negaram a fazer hora extra, porque estão cansados. Não houve boicote", afirmou a médica Márcia Saraiva, que integra uma comissão para dialogar com o governo o reajuste salarial.
A comissão teme que a contratação da Ideais seja uma forma de retaliação do governo, para coibir os protestos.
Apoio.
A diretora do Sindicato dos Servidores, Zelita Ramos, saiu em defesa dos médicos. "Essa questão de boicote, que o prefeito afirmou, é um álibi que a administração arrumou para cobrir o déficit de médicos na cidade", disse.
"Tenho conversado com o pessoal de todas as regiões e não há boicote. O prefeito está procurando um porquê para justificar a falta de médicos", disse o presidente do Conselho Gestor da Unidade de Saúde do Campo dos Alemães e usuário do sistema, José Rocha da Conceição.

Médicos vão a prefeitura por salários

REGIÃO
Abril 29, 2011 - 04:28

Médicos vão à prefeitura por salários

 Médicos durante a assembleia que aprovou a criação de comissão para negociar salários com a Prefeitura de São José victor Moriyama

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O governo do prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB), se reúne hoje pela primeira vez com médicos para ouvir os apelos da classe por uma recomposição salarial.
Uma comissão de nove médicos, eleitos em assembleia da categoria, conversarão com a secretária de Governo, Claude Mary de Moura, no final da tarde. O secretário de Saúde, Jorge Zarur, não participará do evento. O governo também não confirmou a presença do prefeito.
No começo deste mês, os médicos deflagraram uma série de protestos para tentar sensibilizar o governo quanto a necessidade de um reajuste salarial.
A categoria alega que está há 16 anos sem aumento real no salário base para 20 horas, que é hoje de R$ 2.200 --nesse ínterim, os vencimentos só receberam a correção da inflação.
Depois do encontro com Claude, os médicos realizam uma assembleia na Câmara, para debater o que foi discutido na reunião.
Função.
O secretário de Saúde afirmou que sua função primordial na pasta é "garantir o atendimento emergencial à população" e, por isso, não comparecerá no encontro. "Aumento salarial é assunto para o governo", disse.
Zarur também justificou a contratação da Ideais (Instituto de Desenvolvimento Estratégico e Assistência Integral à Saúde), por R$ 516 mil num período de 30 dias, ao fato de ter a obrigação de garantir o atendimento à população.
"Tivemos plantões nesse mês que não foram cumpridos. Houve cerca de 20 faltas num único final de semana", disse. Por final de semana, cerca de 40 médicos realizam os plantões em seis unidade de saúde emergenciais da cidade.
O secretário informou que, só no último final de semana, a Ideais cobriu as horas-extras de 19 médicos em plantões. Na prática, para que o serviço emergencial funcione, os médicos concursados precisam aceitar fazer horas-extras.
Sobre a possibilidade de manter por mais de um mês o contrato com a Ideais, Zarur disse: "Vou fazer tudo para que a população tenha acesso à saúde de emergência".

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