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Este Blog constitui um Fórum Democrático de Participação, baseado nos princípios de liberdade, independência e solidariedade, mas principalmente de respeito mútuo conforme estabelecem os Princípios Fundamentais no nosso Código de Ética Médica (incisos XV, XVII e XIII), não se admitindo, portanto, qualquer tipo de ofensa que macule a honra e a dignidade dos seus participantes.







domingo, 8 de maio de 2011

JORNAL O VALE - 06 de maio de 2011

REGIÃO
Maio 6, 2011 - 04:00

Médicos programam greve para o dia 16


SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Os médicos da rede municipal de saúde de São José dos Campos adiaram ontem o início da greve e programaram para o próximo dia 16 a paralisação de suas atividades.
A decisão foi tomada durante assembleia que reuniu 140 médicos e dirigentes sindicais.
No encontro, eles também definiram novas estratégias de mobilização, como a busca de apoio para o movimento junto aos profissionais de enfermagem e à população.
Amanhã, os médicos pretendem iniciar a distribuição de 25 mil cartas abertas aos moradores explicando as razões para paralisar as atividades.
Greve.
A categoria reivindica que o salário base de R$ 2.200 por 20 horas de trabalho semanal seja dobrado e que o governo aumente em pelo menos 100 o número de médicos que atuam na rede municipal.
Entre os motivos do adiamento da greve está a falta de prazo legal para que a paralisação fosse deflagrada. Como o edital de convocação da assembleia foi publicado na terça-feira, só poderia ser votada a greve a partir de amanhã.
"Do jeito que o governo está agindo, a tendência é de que a greve realmente comece no dia 16. Só não votamos a greve hoje [ontem] porque queremos amadurecer o movimento, dando tempo à população para se preparar para a paralisação", afirmou a médica Andréa Lima Barbosa.
Sugestões.
Também ontem, a secretária de Governo, Claude Mary de Moura, reuniu-se com um grupo de 10 médicos e pediu sugestões para melhoria do plano de carreira.
"Reabrimos as conversas com os médicos, mas deixando claro que não teremos como dar aumento salarial. Os médicos vão nos encaminhar sugestões para melhoria da remuneração, do plano de carreira e das condições de trabalho. O que for possível concederemos", disse Claude.

OVALE - IDEIAS 08 de maio de 2011 - Edição 00345

Mobilização dos médicos
José Carlos de Souza - Presidente do Sindicato dos Condutores 

Quero parabenizar os médicos da rede pública de São José pela organização de seu movimento por melhores salários e condições de trabalho. Numa grande assembleia, discutiram democraticamente os rumos do movimento demonstrando coerência e acima de tudo preocupação com o atendimento à população.
O Sindicato dos condutores, além de lutar pela categoria, sempre defendeu os direitos sociais buscando melhores condições de vida a todos.
A defesa da saúde pública, gratuita e com atendimento de qualidade sempre fez parte de nossas bandeiras. Por isso, juntamente com outros sindicatos ajuizamos ação cível pública quando da terceiriza- ção/privatização do Hospital Municipal por não concordarmos com a entrega dos bens públicos para que a empresa privada SPDM, que sem dúvida visa fazer do atendimento à saúde fonte de lucros.
Quem precisa do antigo Hospital Municipal (hoje SPDM), sabe das condições em que encontra e a piora desastrosa no atendimento.
Não é possível manter um bom atendimento à população, pagando aos servidores salários de fome. Pagar R$ 2.200 de salário base para um médico é uma vergonha para uma cidade rica como São José dos Campos!
Quem perde com isso, além do profissional, é a população. Os bons profissionais não querem nem prestar concurso para trabalhar atendendo o povo e os poucos que se sentem atraídos, logo pedem demissão. Muitos bons profissionais da rede pública pedem exoneração e buscam melhores salários.
A população perde porque, ao não ter médicos na rede pública, amarga longos meses de espera por consulta, exames e cirurgias, sem ter a quem recorrer, pois o poder público argumenta sempre "estar buscando soluções".
Porém, as soluções que arrumam é sempre a mesma: entregar o serviço público para particulares terem lucros.
Enquanto isso, os médicos da rede pública concursados, se não se mobilizarem, continuarão amargando os salários baixos. E agora mais reduzidos que nunca, porque para garantir os lucros da empresa contratada os médicos da prefeitura estão proibidos de fazer as horas extras que sempre fizeram e em seu lugar, será colocado um médico terceirizado que poderá ser inclusive, recém-formados com pouca ou nenhuma experiência, podendo causar ainda mais prejuízo à população.
É inexplicável que a prefeitura tenha dinheiro para contratar uma empresa privada de médicos e não tenha para dar aumento para os médicos concursados, da casa.
Não dá o aumento pedido pelos médicos porque não quer. Quer mesmo é terceirizar os serviços de saúde. O próprio prefeito admitiu em programa de rádio que já tem mais de 500 médicos terceirizados trabalhando na
rede pública.
Ou a saúde pública deixou de ser obrigação do município? Ou não é mais necessário prestar concurso para trabalhar na prefeitura e o prefeito e seus fiéis seguidores contratam quem bem entenderem?
Teriam que vir a público e explicar que a rede pública não tem médicos porque os salários são baixos e que eles escolheram outra saída: descumprir a Constituição Federal terceirizando e privatizando os serviços públicos, entregando todo o atendimento de saúde pública para dar lucros aos seus amigos donos de empresas de medicina.
A luta dos médicos é acima de tudo a luta em defesa de uma sistema de saúde público gratuito e de boa qualidade para a população.

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