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sábado, 14 de maio de 2011

Assembleia define parada e protesto em frente ao Paço

REGIÃO
Maio 14, 2011 - 06:08

  Sob ameaça de greve, S. José troca o comando da Saúde

Saúde
Pressionado, Jorge Zarur pede exoneração e, menos de três horas depois, prefeitura anuncia novo secretário para área; mesmo após mudança, médicos aprovam greve de 24 horas em toda rede municipal

Carolina TeodoraSão José dos Campos

O secretário da Saúde de São José, Jorge Zarur, pediu demissão do cargo ontem à tarde em meio à ameaça de greve dos médicos da rede pública --aprovada cinco horas depois em assembleia.

Zarur comandava uma das principais pastas do governo desde janeiro de 2009, quando teve início o segundo mandato do prefeito Eduardo Cury (PSDB). No lugar dele, foi nomeado o cirurgião geral Danilo Stanzani Junior, 42 anos.

Stanzani é médico de carreira da prefeitura e ocupava desde 2008 o cargo de diretor técnico do Hospital Municipal.

Desgaste. Há um mês, Zarur enfrentava um embate com os médicos da rede que reclamavam dos baixos salários e das condições de trabalho.

Ontem, eles decidiram fazer uma paralisação no próximo dia 24 que vai afetar as 40 unidades básicas de atendimento (leia texto nesta página).

Os médicos querem que o salário de R$ 2.200 por 20 horas semanais de trabalho seja dobrado, além da contratação de mais 100 profissionais.

No último dia 29, eles tinham uma reunião marcada com a secretária de Governo, Claude Mary de Moura, para discutir as reivindicações da categoria, mas ela não os recebeu no Paço.

No mesmo dia, os médicos fizeram uma assembleia, que reuniu cerca de 100 profissionais da saúde, e decidiram iniciar um movimento grevista. A assembleia de ontem foi a terceira do grupo.

A prefeitura negou que a saída de Zarur esteja ligada ao movimento grevista.

“Foi um motivo pessoal dele (Zarur) que nada tem a ver com a greve. Zarur contribuiu muito para a rede e começou uma série de projetos importantes”, disse Claude.

Problema. O novo secretário entrou com a promessa de fortalecer a rede básica de saúde e melhorar as condições de trabalho dos funcionários.

Zarur pediu a exoneração por volta das 15h e, às 17h30, Stanzani aceitou o cargo.
“Entro com a vontade de fortalecer a rede básica de saúde e melhorar as condições de trabalho dos funcionários”, disse Stanzani.

Ele afirmou que poderá contratar mais profissionais e até mesmo mudar o sistema de agendamento de consultas nas UBSs. “Tudo será discutido e estudado, mas a ideia é deixar o paciente mais amarrado à unidade de saúde de sua referência com enfermeiros e nutricionistas e campanhas que estimulem o tratamento de prevenção”, disse.

Polêmica. O atual sistema de agendamento de consultas foi outra polêmica que envolveu a administração de Zarur em frente à secretária.

Em junho de 2009, Zarur criou um novo método de agendamento de consultas que só permite ao paciente marcar atendimento para o mês seguinte, e não mais quando houvesse disponibilidade. A medida que teria o objetivo de diminuir as faltas dos moradores foi alvo de reclamação.

“O motivo da minha exoneração foi falta de apoio do partido. Eu estava tento divergências com o meu partido (PSB) e decidi sair da secretaria para deixá-los a vontade. Saio da prefeitura, mas também vou sair do partido”, disse Zarur.

As divergências, segundo ele, envolviam a condução da secretaria e até mesmo o futuro do partido. O PSB é um dos partidos que integra a base aliada do prefeito Eduardo Cury.

“Vou tirar umas férias até o final do semestre para pensar na minha vida e no rumo político que vou tomar. Saio com uma enorme experiência e sabendo que o movimento dos médicos foi muito bem conduzido pelo governo”, disse.

Administração. Este é o segundo secretário do atual mandato de Cury que pede pela exoneração. Em julho de 2009, seis meses após assumir o cargo, Mário Sarraf, pediu demissão do cargo de secretário de Planejamento.
ENTENDA O CASO
8 de abril
Médicos têm reunião com a prefeitura e pedem salários maiores e melhores condições de trabalho

9 e 10 de abril
Um dia depois da reunião, parte dos médicos falta aos plantões da UPA do Alto da Ponte, zona norte, e UPA do Campo dos Alemães, na zona sul

15 de abril
Para trabalhar no lugar dos médicos faltosos, a prefeitura terceirizou parte do atendimento e contratou a empresa para prestar o atendimento durante um mês

29 de abril
Os médicos marcam reunião com a secretária de Governo, Claude Mary de Moura, mas ela não os recebeu. Começa o movimento grevista
Assembleia define parada e protesto em frente ao PaçoSão José dos Campos

Após assembleia na noite de ontem, os médicos da rede pública decidiram realizar greve por um dia para protestar contra o atual salário.

A paralisação ocorrerá no dia 24. No mesmo dia, haverá uma nova assembleia para definir se a greve continuará ou não. No dia da paralisação, os médicos farão uma manifestação pela manhã em frente ao Paço Municipal com o apoio de outros sindicatos, entre eles, o dos Metalúrgicos.

“A prefeitura tem que abrir negociação. O que a gente ganha é pouco”, afirmou Diomar Bondesan, 58 anos, médico da há 30 anos de rede municipal.

Opinião. Sobre a troca de comando, a ginecologista Alessandra Lorenti Ribeiro, 31 anos, integrante da comissão de negociação, diz que é um sinal de que o movimento ganhou força. “Demos um prazo considerável para que a prefeitura abra negociações. Até agora, a prefeitura tem sido intransigente”, disse Alessandra, que defende aumento de 100%.

Felício Ramuth, assessor de Planejamento em Comunicação, disse que a prefeitura irá aguardar a notificação sobre a paralisação.






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