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quarta-feira, 25 de maio de 2011

1 DIA DE GREVE - PROTESTO EM FRENTE AO PAÇO MUNICIPAL

JORNAL O VALE

REGIÃO
Maio 25, 2011 - 06:12

Após greve, governo volta a negociar reajuste com médico

Médicos em greve Claudio Capucho
MPT interfere e prefeitura promete apresentar proposta até dia 9; em contrapartida, categoria suspende movimento
Carolina Teodora e
Felipe Rodrigues

São José dos Campos

Após greve e interferência do Ministério Público do Trabalho, a Prefeitura de São José decidiu reabrir a negociação com os médicos da rede pública e pediu prazo até 9 de junho para apresentar proposta de readequação salarial.

A tendência é que o abono da categoria de R$ 600 seja incorporado ao salário. O médico hoje perde o direito ao abono em caso de falta, férias, atraso e gravidez.

O prazo foi anunciado no final da tarde de ontem --dia da greve-relâmpago da categoria que paralisou as 40 UBSs (Unidade Básica de Saúde) e após a interferência do MPT no caso. Em contrapartida, os médicos se comprometeram a não realizar paralisação até o dia 9.

Os servidores querem que seja dobrado o salário-base do médico de 20 horas semanais que hoje é R$ 2.310 e que sejam contratados, pelo menos, mais 100 funcionários. No fim da tarde, a prefeitura anunciou a abertura de concurso público para a contratação de 59 médicos, mas descartou a possibilidade de aumentar em 100% o salário-base da categoria.

Greve. A greve começou com as UBS vazias e uma manifestação, às 7h30, em frente ao Paço. Mais tarde, às 15h, os médicos montaram uma mesa de café também em frente à prefeitura e chamaram o prefeito Eduardo Cury (PSDB) e o secretário de Saúde, Danilo Stanzani, para um ‘café’. Nenhum porta-voz compareceu.

Também às 15h, o MPT convocou médicos, sindicato e prefeitura para audiência de conciliação que começou às 17h. Segundo o procurador do MPT, Raimuldo Paulo dos Santos, o objetivo foi o de solucionar o problema. “O encontro foi positivo porque a greve dos médicos, que é o mais importante, foi suspensa.”

Reunião. No começo da audiência, o secretário-adjunto da Saúde, Clarisvan do Couto Gonçalves, disse que a prefeitura elaborava estudo para avaliar os pedidos da categoria, mas que não tinha prazo de ser concluído. Uma das justificativas dadas por ele foi a recente troca do comando na pasta da Saúde, que culminou com a saída de Jorge Zarur.

A queda-de-braço entre médicos e administração segue desde setembro. Os médicos insistiram que desde esse período não foi feita nenhuma proposta oficial de reajuste e o procurador então exigiu a definição de data pela prefeitura para apresentação do estudo.

O novo secretário de Saúde, Danilo Stanzani, afirma que um médico de São José recebe, no mínimo, R$ 4.498 para trabalhar 20 horas semanais. “O salário-base é apenas uma parte da remuneração. Há várias bonificações, além do plano de carreira. Um médico recebe em média R$ 6.600.”

O secretário acrescenta que um reajuste de 100% traria protestos de outras categorias.

A médica Neusa Masulla, da comissão de greve, gostou do resultado. “Não estudei para ficar de greve e sim para atender.” Gonçalves e uma procuradora foram os representantes da prefeitura na audiência.

Pacientes reclamam nas UBSsAna Lúcia Ferreira
Bom Dia São José

A greve pegou muita gente de surpresa ontem. Nos postos, funcionários se limitaram a dizer que o atendimento havia sido suspenso. A estimativa é que 800 pessoas tenham sido prejudicadas.

Evelyn Silva, 22 anos, levou o filho de oito dias de vida para a primeira consulta na UBS do Dom Pedro, zona sul, mas não conseguiu ser atendida. “Não deram nenhuma previsão. Vou ter que procurar atendimento particular e pagar.”

No início da tarde, o atendimento no posto era mantido para gestantes graças a uma médica terceirizada, contratada pela prefeitura.

Na UBS do Campo dos Alemães, zona sul, também houve prejuízo. Lígia Ferreira de Abreu, 31 anos, levou a filha, Flávia, 12 anos. “Eu até estranhei quando cheguei na UBS e estava vazio. Eu saí do meu serviço para levar minha filha ao médico”, disse.

Além da filha, a mãe de Lígia, Maria de Lourdes Mora Ferreira, 57 anos, que tinha consulta marcada, também foi surpreendida com a greve.

Na UPA da zona leste, moradores estavam revoltados. No local, apenas uma médica dava plantão. “Uma mulher disse que a única médica que está atendendo está com uma camiseta de protesto”, disse Aline da Silva, 29 anos.

“No começo da manhã havia dois clínicos e dois pediatras. Agora só tem um médico”, disse Joarez de Paula, 57 anos, que também esperava atendimento na zona leste.

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