REGIÃO
Maio 31, 2011 - 06:08
Médicos preparam vigília na porta do Hospital Municipal
Claudio Capucho
Ato está previsto para ser realizado das 20h às 22h, com participantes com velas acesas nas mãos
São José dos Campos
Médicos da rede pública de São José vão se reunir em vigília na próxima quinta-feira em frente ao Hospital Municipal como protesto contra baixos salários e condições precárias de trabalho.
O ato está previsto para acontecer das 20h às 22h. Vestidos de branco e com vela nas mãos, o grupo de servidores espera sensibilizar os pacientes.
Durante a vigília, eles esperam ainda recolher assinaturas para o abaixo-assinado que será entregue à prefeitura. O documento já conta com mais de 20 mil adesões.
“Até que se tenha um resultado real do reajuste vamos fazer manifestações para envolver o maior número de pessoas na nossa causa”, afirmou o médico Paulo Roberto Roitberg, que está na rede há 22 anos.
“Não queremos fazer barulho em frente ao hospital, vamos fazer orações”, afirmou. A vigília será a segunda grande manifestação do grupo que no último dia 24 fez uma greve-relâmpago que prejudicou o atendimento nas 40 Unidades Básicas de Saúde.
A paralisação gerou a intervenção do Ministério Público do Trabalho, que exigiu que a prefeitura apresente no próximo dia 9 uma proposta de readequação salarial da categoria, mesmo que seja escalonado. Uma das medidas em estudo está a incorporação do abono de R$ 600 ao salário.
Outro lado. A prefeitura informou que a negociação com os médicos está aberta e que na semana passada começou a avaliar medidas para melhoria das condições de trabalho como a flexibilização das regras de aplicação do abono e o aumento de seu valor.
A prefeitura informou ainda que respeita a manifestação, mas entende que o movimento não poderá comprometer o atendimento à população.
SAIBA MAIS
O que
Médicos de São José fazem vigília na quinta-feira em frente ao Hospital Municipal
Objetivo
Chamar a atenção da população e reivindicar aumento de salário e melhores condições de trabalho
Impasse
Médicos querem reajuste de 100% no salário-base que é de R$ 2.200. Prefeitura diz ser inviável porque também aumentaria os adicionais