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Este Blog constitui um Fórum Democrático de Participação, baseado nos princípios de liberdade, independência e solidariedade, mas principalmente de respeito mútuo conforme estabelecem os Princípios Fundamentais no nosso Código de Ética Médica (incisos XV, XVII e XIII), não se admitindo, portanto, qualquer tipo de ofensa que macule a honra e a dignidade dos seus participantes.







terça-feira, 24 de maio de 2011

OVALE

IDEIAS
Maio 24, 2011 - 03:49

Quem traiu a confiança?


Um assessor do prefeito Eduardo Cu- ry afirmou que "os médicos [da rede municipal] quebraram a relação de confiança com o governo". Esta não é a primeira vez que o governo põe nas costas do servidor a responsabilidade pela sua falta de diálogo.
Os médicos tem consciência que não são os únicos servidores com defasagem salarial. O gatilho é só uma reposição da inflação, e mesmo assim o prefeito não aceita considerar nem o resíduo do período.
Os médicos estavam em negociação e todas as reuniões foram noticiadas. A reunião com a secretária de Governo estava agendada havia 21 dias, e não houve cancelamento. Foi dado um "bolo" nos médicos: quem traiu a confiança de quem? Quem faltou, no mínimo, com respeito?
O prefeito e seus secretários, quando começam algo perto de uma negociação, acabam rompendo e saem dizendo que foi o sindicato, ou uma categoria, um movimento social, a oposição, o governo federal que quebraram a confiança. Exemplos não faltam: derrubada de moradias, obras paradas, Pinheirinho, integra-ção dos ônibus, ECOs, SAMU.
Com os servidores não é diferente. As reuniões com a prefeitura só têm uma resposta: "estamos estudando". No episódio dos plantões na UTI neonatal do Hospital Municipal, o sindicato e a comissão de médicos debateram com a administração sobre a falta de profissionais e os riscos de morte. Os médicos cumpriram com o compromisso de, a despeito da SPDM, zelar por seu juramento profissional, trabalhando e registrando as horas extras. A Secretária de Saúde sempre teve ciência disso. Mais tarde veio a público alegar que isso nunca havia sido informado, que as horas extras não eram reconhecidas. As horas extras foram reconhecidas na Justiça!
No caso da enfermagem, a mobilização da categoria, junto com o sindicato, garantiu a aprovação da jornada de 30 horas semanais. Essa lei traz benefícios para todos. Entretanto, uma manobra da bancada governista e o eterno processo de "estudo" da administração ainda não tiraram a lei do papel. Mais uma vez, quem quebrou a confiança?
No caso das A.D.I.'s, que realizam um trabalho fundamental nas creches, em reunião, na qual o sindicato estava presente, foi assumido o compromisso de redução da jornada para 6 horas. Projeto de lei nesse sentido foi apresentado na Câmara e mais uma vez a bancada do prefeito não coloca em votação, porque a administração está "estudando". O mesmo se repete com a jornada dos psicólogos.
Sobre o plano de carreira dos professores, sempre foi solicitado, em todas as reuniões com o secretário de Educação, que o anteprojeto fosse apresentado e debatido com a categoria. A resposta: o espaço para discussão é a Câmara. Ao afirmamos que o plano era uma caixa preta, pois nada foi apresentado até agora. O secretário disse que o sindicato quebrou a confiança da administração e nunca mais tratou do assunto. Se o governo não pode ser questionado, quem está quebrando a confiança?
O funcionalismo público em São José dos Campos está terceirizado. Trabalhadores abandonados, Saúde caótica, Meio Ambiente deixado de lado, obras inacabadas, teatro invertido, casas demolidas nos bairros, assédio moral e perseguições aos servidores. Tudo isso é o que?
É a administração traindo a confiança dos servidores e da população. É um prefeito que olha pra tudo isso de braços cruzados e ainda quer pegar carona no gatilho dos servidores municipais, para receber aumento de 5% sobre seu salário de quase R$ 19 mil.

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